literatura na adolescência

Como as brincadeiras, leituras e histórias podem desencadear desejos e respostas de “o que ser quando crescer?”. Depende, mas com Letícia Braga, 15 anos, foi assim: em uma brincadeira ela descobriu que queria ser atriz. Ao lado de Esther Ferreira, 11 anos, escritora e cantora, ela participou da mesa “Literatura na adolescência”, mediada por Rafael Nolli. No bate-papo, elas discutiram sobre a presença da literatura em suas vidas, na atuação assim como escritoras e como leitoras, e falaram de referências, de outros trabalhos, da vida pessoal e indicaram filmes e séries.

Essa brincadeira de pensar na profissão do futuro resultou, inclusive, no segundo livro de Letícia. “O que eu vou ser quando crescer”, lançado em 2019, é repleto de imaginação. A narrativa imagina como é ser astronauta, professor, jardineiro, cozinheiro e outras profissões. Em suma, a ideia é entrar na brincadeira. “Nesse livro eu quis inspirar as outras crianças a brincarem para se descobrirem também, como foi comigo”, explica Letícia Braga.

As lições da literatura

Esther Ferreira traçou um caminho parecido. Aos 11 anos, gosta de escrever desde que se entende por gente. “Eu sempre gostava de escrever uns minilivrinhos sobre mim mesma quando eu era pequena, aos poucos fui gostando cada vez mais de ler e me inspirei na Letícia para escrever o meu primeiro livro”, relata. “Coisinhas de mim” apresenta uma narrativa sobre as particularidades de Esther, como as brincadeiras que gosta de fazer com as amigas e sobre moda, por exemplo. 

Já o segundo livro está em preparação para o lançamento e fala sobre divórcio de pais, assunto complexo para crianças e adolescentes. “Escrevi sobre como é a minha relação com a minha mãe e com o meu pai, sobre a diferença da casa de cada um deles. Me senti como se eu estivesse conversando com alguém quando eu estava escrevendo”, revelou Esther. É um livro de reflexão tanto para a autora quanto para os futuros leitores que passam ou passaram pela mesma situação. 

Vale destacar ainda o primeiro livro publicado por Letícia Braga. “Cabelinhos de anjo”, de 2017, fala muito sobre autoaceitação na infância. Na narrativa, Aninha tem o cabelo encaracolado e faz de tudo para que ele fique liso, até entender que ele é lindo da forma que é.

Quem são as autoras mirins?

Letícia Braga é atriz e atua desde os sete anos. O primeiro trabalho no audiovisual foi no filme “A menina índigo”, de Wagner de Assis. O longa narra a história de uma menina que tem o dom da cura emocional e sobre como outras crianças índigo funcionam e existem no mundo. A experiência no filme também fez com que Letícia entrasse em contato com outras artes. 

“Quando eu comecei a fazer o filme, tive algumas aulas para pintar e expressar os meus sentimentos. E como eu tinha 9 anos, era muito bagunceira, eu amava fazer aquilo. Tem dois quadros na minha casa e eles são muito importantes pra mim”, relembra. Atualmente, ela está no ar com a série “Detetives do prédio azul”, no canal Gloob. Além disso, participou de trabalhos na Globo, como “A regra do jogo” e “Os dias eram assim”, e atuou em outros filmes. 

Esther Ferreira, além dos dois livros, também é cantora e estuda música. Usa o aprendizado, principalmente no canto, para vencer a timidez e se comunicar melhor com outras pessoas.

 

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Acesse aqui a programação completa.

SOBRE O FLIARAXÁ

O Fliaraxá foi criado em 2012 pelo empreendedor cultural e diretor-presidente da Associação Cultural Sempre um Papo, Afonso Borges. As cinco primeiras edições aconteceram no pátio da Fundação Calmon Barreto e, a partir de 2017, o festival passou a ocupar o Tauá Grande Hotel de Araxá, patrimônio histórico do Estado de Minas Gerais, edificação construída em 1942. Naquela edição, nasceu também o “Fliaraxá Gastronomia”. Cerca de 140 mil pessoas passaram pelo festival. Mais de 400 autores participaram da programação.

IX FLIARAXÁ – FESTIVAL LITERÁRIO DE ARAXÁ – 28 DE OUTUBRO A 1.º DE NOVEMBRO DE 2020

Transmissão virtual 24 horas pelos canais:

 www.youtube.com/fliaraxa 

www.fliaraxa.com.br

Texto por Jaiane Souza/Culturadoria