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Motivos para assistir ao filme “Língua – Vidas em Português”, de Victor Lopes

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Do documentário “Língua – Vidas em português”, de Victor Lopes, lançado em 2004, saiu o tema/conceito da nona edição do Fliaraxá. Em entrevista, José Saramago disse “Não há uma língua portuguesa, há línguas em português”.

Filmado em cinco países: Brasil, Portugal, Moçambique, Índia e Japão, o longa mostra quanto a língua portuguesa é diversa ao redor do mundo, bem como os falantes. Para isso, mergulha em histórias e falas de personagens para entender cada cultura e suas particularidades. Além disso, costura essas narrativas com paisagens, festas populares, cerimônias, conversas e outros locais de cada um dos países.

Pensando nisso, listamos a seguir algumas razões para você conferir o filme, que está disponível na íntegra no YouTube!

Variação linguística e cultural 

Como dito, o filme percorre vários países. Então, é interessante perceber como, mesmo não tratando da língua em si, o diretor está falando sobre o assunto. É possível perceber cada nuance e particularidade dos sotaques, vocabulários, à medida que a narrativa avança. A opção por intercalar o depoimento de pessoas comuns com o de artistas, e outras imagens, promove dinamismo. O diretor não teoriza a discussão, ou seja, não traz entrevistas com especialistas linguistas. Ele vai por um caminho alternativo, no qual os entrevistados falam de maneira mais espontânea sobre a língua.

Grandes nomes da arte

Além dos anônimos que enriquecem muito a narrativa, ao ver o filme, você vai encontrar nomes como Mia Couto, Teresa Salgueiro, João Ubaldo Ribeiro e Martinho da Vila. Todos com trabalhos e histórias de renome na língua portuguesa. No caso do cantor e compositor Martinho da Vila por exemplo, ele conta a própria história desde a infância até a compra da casa em que cresceu. Ah, e tem, é claro, muita música!

O português é diverso

Pode parecer óbvio, mas ao ver o filme, é possível perceber que essa é um questão profunda e complexa para os falantes da língua portuguesa. Desde a colonização, o português passou por muitas influências e verdadeiras mutações. Uma palavra que significa determinada coisa no Brasil pode significar outra em Moçambique, já que cada povo e cada cultura estão em contextos diferentes, com influências diferentes. Sendo assim, “são pessoas que, apesar de falar português, não falam a mesma língua”, como afirma Saramago em outro momento do longa.

Sobre o Fliaraxá

O Fliaraxá foi criado em 2012 pelo empreendedor cultural e diretor-presidente da Associação Cultural Sempre um Papo, Afonso Borges. As cinco primeiras edições aconteceram no pátio da Fundação Calmon Barreto e, a partir de 2017, o festival passou a ocupar o Tauá Grande Hotel de Araxá, patrimônio histórico do Estado de Minas Gerais, edificação construída em 1942. Naquela edição, nasceu também o “Fliaraxá Gastronomia”. Cerca de 140 mil pessoas passaram pelo festival. Mais de 400 autores participaram da programação.

IX Fliaraxá Festival Literário de Araxá 28 de outubro a 1º de novembro de 2020

Transmissão virtual 24 horas pelos canais:

 www.youtube.com/fliaraxá

Informações: www.fliaraxa.com.br

Texto por Jaiane Souza/Culturadoria