Novos livros movimentam a programação e aproximam leitores de grandes vozes da nossa literatura

(Fotos: Daisy Serena e Uendel Galter)

O 13.º Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá – está chegando e, entre os dias 1.º e 5 de outubro, a tradicional cidade mineira se transforma em ponto de encontro entre leitores e grandes nomes da literatura brasileira e internacional. Alguns desses nomes chegam a Araxá com lançamentos recentes — ou prestes a serem lançados. Confira:

“Nos fios do invisível”, de Alessandra Roscoe

Inspirada na poesia de Manoel de Barros, a escritora mineira lança “Nos fios do invisível”, obra em que investiga os laços de afeto que envolvem a adoção, com ilustrações do Grupo Matizes Dumont.

No livro para infâncias – que encantará também os adultos –, uma mãe e uma filha entrelaçam interesses e delicadezas: o apreço do poeta Manoel de Barros pelas pequenas coisas, a capacidade de inventar maravilhas no cotidiano e os laços de afeto que envolvem a adoção. A obra é ilustrada pelos bordados do Grupo Matizes Dumont, numa profusão de cores e texturas que revelam a beleza presente nos detalhes e nas miudezas que encantam a vida.

“Só bato em cachorro grande, do meu tamanho ou maior”, de Cidinha da Silva

Em seu novo livro, “Só bato em cachorro grande, do meu tamanho ou maior”, a escritora mineira compartilha lições de vida e formação política que aprendeu com Sueli Carneiro, referência na luta por justiça racial e equidade de gênero no Brasil.

O livro sistematiza, em textos breves escritos a partir de seu contato pessoal e profissional com Sueli, o “Método Sueli Carneiro”. São 81 lições desse método proposto por Cidinha, reunindo ensinamentos como “Acredite nos sonhos das pessoas”, “Não blefe” e “Deslealdade é algo imperdoável, seja leal”, entre outras sabedorias ensinadas pela filósofa reconhecida internacionalmente e fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra.

“O dia em que encontrei Bob Dylan numa livraria de Estocolmo”, de Daniella Zupo

Daniella Zupo escreve aqui um livro de viagens, apresentando uma coleção de memórias e relatos de experiências pessoais em diferentes locais do mundo. Com o olhar sensível da escritora, o leitor é convidado a visitar lugares como Lisboa, Berlim, Paris, Buenos Aires, Munique e Florença.

“Esta não é uma obra de ficção. Todas essas viagens aconteceram, embora não necessariamente nesta ordem. Qualquer semelhança com paisagens reais terá sido mera coincidência — embora elas não existam. As coincidências.”

“Tomara que você seja deportado: uma viagem pela distopia americana”, de Jamil Chade

Novo livro do jornalista Jamil Chade, “Tomara que você seja deportado: uma viagem pela distopia americana” é uma obra urgente. Nos textos aqui reunidos, ele descreve um cenário devastador sob qualquer ponto de vista, compreendendo o período da campanha eleitoral de Donald Trump até sua atual política anti-imigração.

O que o leitor entrevê é um desastre humanitário, ético, político e espiritual. A atmosfera inequívoca de perseguição, o medo do imigrante de ser caçado. Mas também a perversidade da ofensiva trumpista em relação a outros temas, como a educação e os direitos de pessoas LGBTQIAPN+.

Sobre o 13.º Fliaraxá

O Fliaraxá é viabilizado por meio da Lei Rouanet e apresentado pelo Ministério da Cultura e pela CBMM, que, em 2025, completa 70 anos de fundação. O patrocínio é do Itaú e da Bem Brasil e o apoio cultural do Centro Cultural Uniaraxá e da Academia Araxaense de Letras, em uma realização da Associação Cultural Sempre um Papo. Toda programação é inteiramente gratuita, com tradução simultânea em Libras e transmitida on-line pelo canal @fliaraxa do Youtube.

Serviço:

13.º Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá

De 1.º a 5 de outubro, quarta-feira a domingo

Local: programação presencial no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá (Av. Ministro Olavo Drummond, 15 – São Geraldo), e programação digital no YouTube e Instagram @‌fliaraxa

Entrada gratuita