
por Gabriel Pinheiro
Os radialistas Eduardo Santana, Roberto Pereira e Caio César conversaram com José Antônio Luiz Filho no Auditório da Biblioteca
Na tarde desta quinta-feira de 13.º Fliaraxá – Festival Literário Internacional de Araxá, o Auditório da Biblioteca recebeu os radialistas Eduardo Santana, Roberto Pereira e Caio César para uma conversa com mediação de José Antônio Luiz Filho, com o tema “Rádio e a memória coletiva”. “A rádio faz parte da nossa vida” comentou Eduardo Santana logo no início da conversa, dando o tom de nostalgia que permeou o papo, no olhar dedicado para a importância do rádio na construção de memória e de conhecimento ao longo da nossa história.
José Antônio Luiz Filho perguntou para Roberto Pereira sobre as transformações tecnológicas do radialismo desde o início de seu trabalho como radialista até os tempos atuais. “Muitos diziam que o rádio iria acabar. Quem pensa isso está muito enganado. O advento das redes sociais enriqueceu o rádio. O rádio ficou muito mais rico”, declarou o convidado. “O mais importante do rádio é o ouvinte”, ele acrescentou.
“O rádio tem cumprido com sua missão social?” José Antônio perguntou para Eduardo Santana. “Eu acho que vai muito do profissional e da linha editorial da emissora”, ele destacou. “Somos interlocutores. Estamos levando a notícia, uma prestação de serviços”. Para Caio César, o mediador perguntou sobre as prioridades das informações no rádio. “O que é mais importante de comunicar para o ouvinte?”. Para Caio, seriam as editorias de Política, Polícia e Cidades. “Essas editorias são de fundamental importância. É onde o povo quer saber mesmo, são importantes para o dia-a-dia do público.”
“É possível manter uma isenção no trabalho com o rádio?”, perguntou o mediador para a mesa. Segundo ele, esse é um dos temas espinhosos ao se debater o radialismo. “O repórter, o comunicador é obrigado a fazer questionamentos que, muitas vezes, incomodam”, destacou Eduardo Santana. “Nós temos que ter responsabilidade em noticiar, em apurar bem a notícia”, acrescentou Caio César. “A gente tem que estar no lugar certo, na hora certa. Temos que ter responsabilidade social. O microfone é uma arma, ele ergue e ele também derruba”, reforçou Roberto Pereira. O radialista ainda destacou como Araxá é um verdadeiro celeiro de radialistas, destacando a importância dos profissionais que atuam na cidade mineira.
José Antônio perguntou aos convidados o que os levou a atuar na rádio. Caio destacou o dinamismo do rádio como o seu despertar para essa verdadeira arte da comunicação. “Hoje eu vejo que foi a profissão certa que escolhi para a minha vida”, celebrou. “Na comunicação eu tive a sorte de ‘surfar em várias ondas’”, comentou Eduardo. “Eu espero continuar, durante muitos anos, participando da vida de Araxá”, ele acrescentou.
“Nenhum país do mundo chega ao desenvolvimento sem passar pela educação e pela cultura”, declarou Roberto Pereira próximo ao fim da conversa, opinião que reforça a importância de projetos de valorização da cultura e da educação como o próprio Fliaraxá.
Sobre o 13.º Fliaraxá
O 13.º Fliaraxá ocorre de 1.º a 5 de outubro, no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá. O evento acontece em mesas de conversa com escritores, lançamentos de livros, prêmio de redação, atividades para as crianças, apresentações musicais, entre outras. Todas as atividades do Festival são gratuitas.
Há 13 anos, a CBMM apresenta o Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá –, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com a parceria da Bem Brasil e o apoio cultural do Centro Cultural Uniaraxá, da TV Integração e da Academia Araxaense de Letras.
Serviço:
13.º Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá
De 1.º a 5 de outubro, quarta-feira a domingo
Local: programação presencial no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá (Av. Ministro Olavo Drummond, 15 – São Geraldo), e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @fliaraxa
Entrada gratuita