
Na noite desta quarta-feira, 11 de maio, aconteceu a Abertura Oficial do 10.° Festival Literário de Araxá – Fliaraxá. No evento, estavam presentes, em um dos palcos, o criador do Festival, Afonso Borges, o jornalista Tom Farias, curador desta edição do Fliaraxá e notável biógrafo da escritora Carolina Maria de Jesus, e o escritor Jeferson Tenório, autor do romance “O beijo na parede” (2013), eleito como o Livro do Ano pela Associação Gaúcha de Escritores, “Estela sem Deus” (2018) e “O avesso da pele” (2020), vencedor do prêmio Jabuti em 2021.
De forma on-line, direto de São Paulo, participou do debate o professor e diretor do Sesc-SP, Danilo Miranda, gestor cultural, sociólogo e autor de obras como “O parque e a arquitetura: uma proposta lúdica” (1996) e “Para além das máquinas de adorável graça: cultura hacker, cibernética e democracia” (2018). Para acessar a gravação completa da conversa, clique aqui.
Temporalidades cruzadas: Independência, Modernismo e o presente
O professor Danilo Miranda abriu o debate falando de resistência. Para ele, a pandemia veio nos mostrar o verdadeiro sentido da palavra e da cultura como forma de preservar, inclusive, a saúde mental neste momento. “É um momento de resistência. Pois a cultura precisa continuar levando às pessoas informações sobre a nossa realidade”, destacou ele.
Miranda trouxe o tema Temporalidades cruzadas: Independência, Modernismo e o presente, que, apesar de terem acontecido em momentos diferentes da nossa história, apresentam uma interligação entre si.
O professor destacou a importância da Semana de Arte Moderna de 1922 como um movimento internacionalista que foi um dos primeiros esforços de maneira organizada para falar das diversidades das manifestações culturais. “A Semana funciona como uma disparadora de uma sensibilidade moderna para além da esfera artística, alcançando comportamentos, costumes, o consumo cultural, a mídia e a vida urbana”, enfatiza Miranda.
Durante sua fala, o professor falou do legado deixado pela Semana de Arte Moderna e os frutos que são colhidos até os dias de hoje e que um dos intuitos do movimento era também comemorar a Independência brasileira, que naquele ano alcançava seu primeiro centenário.
“Hoje estamos vivendo a comemoração dos 200 anos da Independência, que também tem seu caráter ideológico. Mas precisamos da independência de fato, levada no seu verdadeiro sentido e ainda falta muito para alcançá-la”, afirmou ele.
Danilo Miranda destacou a importância do Fliaraxá acontecer de maneira “phygital”, ou seja, física e digital. Para ele, a edição on-line tem ganhos, como a facilidade de levar o evento para pessoas distantes.
O Festival Literário de Araxá – Fliaraxá – acontece entre os dias 11 e 15 de maio de 2022, com transmissão virtual dos debates da programação nacional pelas redes Facebook e Youtube do Festival (@fliaraxa) e programação presencial de forma descentralizada, em diversos pontos da cidade: Grande Hotel, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo e Fundação Cultural Calmon Barreto.
O Ministério do Turismo e a CBMM apresentam em caráter de exclusividade o 10.º Fliaraxá, com o patrocínio da Cemig e do Itaú e apoio da Rede Mater Dei de Saúde, Grupo Zema, Prefeitura Municipal de Araxá, Fundação Cultural Calmon Barreto, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo e Inovação Tecnológica, Central Única das Favelas – Cufa – de Araxá, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.
Serviço: 10.° Festival Literário de Araxá – Fliaraxá
De 11 a 15 de maio, de quarta-feira a domingo
Tema: “Abolição, Independência e Literatura”
Formato phygital – Transmissão em tempo real pelas plataformas do Festival: Youtube e Facebook – @fliaraxa
Locais: Grande Hotel, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo e Fundação Cultural Calmon Barreto.
Informações: @fliaraxa – www.fliaraxa.com.br
Informações para a Imprensa:
Jozane Faleiro – jozane@sempreumpapo.com.br – 31 9 9204-6367