O 11.º Festival Literário de Araxá – Fliaraxá – apresenta, em realização conjunta com o Sesc SP, o ciclo de debates virtuais “Educação e Patrimônio: as vivências culturais como herança formativa”. Ao todo, serão 12 encontros, dos quais participarão professores, historiadores e pesquisadores, para discutir temas como a construção de conhecimento com os espaços de memória e o uso e a preservação de bens culturais. A temática escolhida para o ciclo reflete o tema dessa edição do Festival, “Educação, Literatura e Patrimônio”, que acontecerá entre 5 e 9 de julho, de quarta-feira a domingo, em formato figital – ou seja, presencial e digital –,

A curadoria dos debates foi realizada por Michele Arroyo. Ela é graduada em História pela UFMG, especializada em Arte Barroca (Universidad Complutence de Madrid) e em Memória, Patrimônio, Arquivo e Museu (Uemg), além de ser mestre e doutora em Ciências Sociais pela PUC Minas. Michele atuou em diversos órgãos do governo – por exemplo, no Ministério da Cultura, como superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais, e na Prefeitura de Belo Horizonte, como diretora de Patrimônio Cultural. Ela também será a mediadora de todas as mesas de debate do ciclo.

Confira a relação do ciclo de debates virtuais:

  • O caráter formador do Patrimônio Cultural como bem coletivo, com Miguel Gonzalez Arroyo

Miguel González Arroyo é sociólogo e educador espanhol, foi professor da UFMG e atualmente acompanha propostas educativas em várias redes estaduais e municipais do país. Foi Secretário Adjunto de Educação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, coordenando e elaborando a implantação da proposta político-pedagógica Escola Plural. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Política Educacional e Administração de Sistemas Educacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, cultura escolar, gestão escolar, educação básica e currículo.

  • Espaços de memória e seus processos socializadores de construção do conhecimento, com Macaé Evaristo

Macaé Evaristo, educadora e política brasileira nascida em Belo Horizonte em 1957, é conhecida por seu trabalho na área da educação e engajamento em questões de igualdade racial e de gênero. Com uma extensa trajetória na educação, ocupou o cargo de Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais de 2003 a 2014, implementando políticas educacionais para melhorar a qualidade do ensino. Além disso, é uma das fundadoras do Geledés – Instituto da Mulher Negra, uma organização que promove a igualdade racial e de gênero. Macaé também ingressou na política como filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), sendo eleita a primeira mulher negra a ocupar o cargo de deputada estadual em Minas Gerais nas eleições de 2018. Sua atuação é guiada pela busca de uma sociedade mais justa e igualitária.

  • Signos, sentidos, linguagens e representações do Patrimônio Cultural, com Leda Maria Martins

Nascida no Rio de Janeiro, Leda Maria Martins se configura como uma das principais pensadoras do teatro brasileiro, sobretudo o teatro negro brasileiro. É poeta, ensaísta, dramaturga e professora. A intelectual também possui forte ligação ao campo religioso dos Reinados Negros. De sua aproximação acadêmica e religiosa a esse universo, surgem as reflexões teóricas presentes em Afrografias da Memória, importante livro publicado em 1997. Em 2017 foi criado o Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras em reconhecimento a seus trabalhos no ramo.

  • Espaços e tempos vividos: territórios de direitos, com Makota Cássia Kindoialê

Makota Cássia Kindoialê é uma liderança religiosa e cultural do candomblé angola, uma tradição religiosa afro-brasileira. Ela é conhecida por sua atuação como ialorixá, sacerdotisa responsável por um terreiro de candomblé. Makota Cássia é uma referência no resgate e preservação da cultura afro-brasileira, especialmente por seu trabalho em prol do fortalecimento da identidade e dos valores ancestrais. Além de suas atividades religiosas, ela também participa de movimentos sociais em defesa dos direitos das comunidades afrodescendentes. Makota Cássia é uma voz importante na promoção da igualdade racial e na valorização da cultura afro-brasileira.

  • Etnografias de lugares de memória e identidade, com José Guilherme Magnani

José Guilherme Magnani é um destacado antropólogo brasileiro, conhecido por suas pesquisas sobre cultura, sociabilidade e identidade nas grandes cidades, especialmente em São Paulo. Como professor titular do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), ele é autor de diversos livros e artigos científicos que abordam temas como vida cotidiana, movimentos sociais, festas populares, juventude e transformações urbanas. Sua ampla contribuição para a antropologia urbana o torna uma referência no estudo das dinâmicas sociais e culturais nas metrópoles brasileiras, proporcionando uma compreensão mais profunda das complexidades e diversidades das relações humanas nos contextos urbanos contemporâneos.

  • Lembrança ou esquecimento: memória sensível e sua importância na construção das identidades, com Miriam Hermeto

Miriam Hermeto é professora do Departamento de História da FAFICH/UFMG, com doutorado nessa área de conhecimento e mestrado em Educação. Tendo atuado na educação básica por alguns anos, mantém o foco nesse segmento de ensino, trabalhando com formação continuada de professores e produção de materiais didáticos e paradidáticos. Como pesquisadora, além das preocupações com o processo de ensino-aprendizagem da história escolar, tem empreendido investigações no campo da história cultural e política do Brasil contemporâneo, pós-década de 1960. Autora e intérprete em projetos de aula-show sobre diferentes temáticas, apropria-se desse recurso para refletir (e provocar reflexões) sobre as relações entre história e música.

  • Leituras plurais do Patrimônio Cultural, com Nila Rodrigues

A historiadora Nila Rodrigues, também Mestre em Estudos Étnicos e Africanos, atuou como servidora pública da Prefeitura de Belo Horizonte por trinta anos. Além disso, foi Conselheira Municipal de Promoção da Igualdade Racial na cidade. Com vasta experiência de docência na área de História, com ênfase na História do Brasil República, Nila Rodrigues é uma pesquisadora atuante, explorando temas como história, cidade, história e raça, museu e acervos, arquivos, quilombos e quilombolas. Além de sua pesquisa no campo do patrimônio cultural, ela é autora do livro “Museus e Etnicidade” e coautora do livro “Quilombolas, somos todos parte dessa história”. Fundadora da empresa Patrimônio e Etnicidade, Nila Rodrigues conquistou o Prêmio Zumbi de Cultura – 2020, na categoria Atuação Política.

  • Diversidade, ancestralidade e movimento: Patrimônio Cultural para além da contemplação e fruição estética, com Ailton Krenak

Ailton Krenak é um líder indígena, escritor e ambientalista brasileiro, conhecido por sua luta pelos direitos dos povos indígenas e pela preservação do meio ambiente. Ele nasceu em 1953, na região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, e pertence ao povo indígena Krenak. Krenak é autor de livros que abordam temas como a relação entre os povos indígenas e a natureza, a espiritualidade e a sobrevivência cultural. Sua obra mais conhecida é o livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, publicado em 2019, onde reflete sobre a crise ambiental e a importância de repensar nossas relações com a natureza e o planeta. Ele tem sido uma figura inspiradora na promoção da conscientização sobre a preservação ambiental e os direitos indígenas.

  • Os processos plurais de ressignificação do Patrimônio Cultural: novos valores culturais, com Juarez Dayrell

Juarez Dayrell é um renomado sociólogo e educador brasileiro, conhecido por suas pesquisas e estudos sobre a realidade educacional e social dos jovens em contextos periféricos. Como professor titular da Faculdade de Educação da UFMG, ele valoriza as vozes e perspectivas desses jovens, buscando promover uma educação inclusiva e emancipatória. Dayrell é referência na sociologia da educação e tem contribuído para o debate sobre políticas educacionais, desigualdades sociais e a valorização das culturas juvenis, ampliando o entendimento das experiências juvenis no Brasil.

  • Aprendizado das possibilidades do viver local: construir no construído, com Gustavo Penna e Laura Penna

Gustavo Penna, arquiteto formado pela UFMG, fundou o escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados e tem uma carreira de destaque. Recebeu prêmios internacionais e teve seus trabalhos expostos em renomadas bienais e instituições ao redor do mundo. Além de sua atuação profissional, é membro de conselhos e sócio-fundador da AEAULP. Gustavo é autor de projetos emblemáticos, como o Expominas, o Monumento à Liberdade de Imprensa e o novo Estádio do Mineirão. Seus trabalhos têm sido reconhecidos e divulgados em publicações de renome no campo da arquitetura e design. Sua filha, Laura Pena, é a Sócia Diretora do escritório GPA&A e recentemente finalizou seu mestrado em Arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais.

  • Ações formativas na gestão do Patrimônio Cultural: transversalidade nas políticas públicas, com Leandro Grass (presidente do Iphan) e Angelo Oswaldo (Prefeito de Ouro Preto)

Grass é um professor, sociólogo e gestor cultural com vasta experiência e atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Atuou por 15 anos no ensino básico e superior do Distrito Federal e é o idealizador do projeto Política de A-Z. Além de palestrante, desempenha papéis importantes na Câmara Legislativa do DF, sendo vice-presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, e coordenador de três frentes parlamentares. Grass é autor de diversas leis que abrangem temas como transporte, saúde, meio ambiente, igualdade de gênero e empreendedorismo feminino. Sua agenda prioritária no mandato envolve políticas voltadas para a infância e juventude, com foco especial na educação.

Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, político e gestor cultural brasileiro, é reconhecido por sua atuação nas áreas de cultura, turismo e patrimônio. Ele é o atual prefeito de Ouro Preto, cargo político que exerceu outras três vezes entre 1993 e 2017, promovendo projetos de valorização do patrimônio histórico da cidade. Além de sua carreira política, Ângelo Oswaldo é escritor e autor de livros sobre história, cultura e patrimônio de Minas Gerais. Ele ocupou cargos importantes na área cultural, como a presidência do Instituto Brasileiro de Museus e a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. Sua contribuição para a preservação e promoção do patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais é amplamente reconhecida.

  • Queijo artesanal de Minas: processos continuados de escuta, conhecimento, reconhecimento e salvaguarda, com representante da Emater, Debora Raiza (DPM – Iepha), Deyvesson Gusmão (DPI – Iphan), Gabriela Santoro (diretora do Instituto Periférico), representante da Associação dos Produtores de Queijo de Araxá, e Cynthia Rocha Verçosa (presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto, representando a Prefeitura de Araxá)

O Fliaraxá é apresentado pela CBMM, com patrocínio do Itaú e da Cemig, via Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, com apoio da TV Integração, Prefeitura Municipal de Araxá, Fundação Calmon Barreto, Câmara Municipal de Araxá, Academia Araxaense de Letras, Condor Eventos, Vale Sul/ Goethe-Institut, Instituto Terra e Sesc.

Serviço:

11.º Festival Literário de Araxá – Fliaraxá
De 5 a 9 de julho, de quarta-feira a domingo
Tema: “Educação, Literatura e Patrimônio”
Local: programação presencial no estacionamento do Estádio Municipal Fausto Alvim (Av. Imbiara – Centro, Araxá) e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @fliaraxa

Informações:

@fliaraxa – www.fliaraxa.com.br

Informações para a Imprensa:

E-mail: imprensa@fliaraxa.com.br

WhatsApp: 31 9 9204-6367 – Jozane Faleiro

31 9 9277-3238 – Laura Rossetti

 

 

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